ANPG e TotalEnergies anunciam USD 850 milhões para o Bloco 17

10 Junho 2022 | Economia

ANPG e TotalEnergies anunciam USD 850 milhões para o Bloco 17

Luanda – A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a TotalEnergies e os seus parceiros anunciaram, esta sexta-feira, um investimento de 850 milhões de dólares para o lançamento do desenvolvimento CLOV Fase 3 do Bloco 17, a 150 km da costa angolana.

 

O projecto de desenvolvimento CLOV Fase 3 compreende a extensão da infra-estrutura submarina e cinco novos poços em profundidades de água entre os 1,100 e 1,400 metros, com um início de produção planeado para 2024. 

 

De acordo com uma publicação da ANPG, desta sexta-feira, a iniciativa envolve 2 milhões de horas de trabalho, das quais 1.5 milhões a executar em Angola, principalmente no Lobito (estaleiro da Sonamet) e em Luanda (base logística da Sonils).

Trata-se de uma extensão da rede de produção submarina e a sua interligação à unidade flutuante de produção e armazenamento (FPSO) CLOV, para desenvolver uma produção adicional de campos existentes, que pode atingir um pico de 30.000 barris/dia. 

Esta previsão de aumento adicional visa sustentar a produção do campo CLOV, iniciada em 2014.

 

O investimento, além aumentar a produção, visa também reduzir os custos operacionais. 

 

Este desenvolvimento do CLOV Fase 3, de acordo com o documento a que a ANGOP teve acesso, é o primeiro a beneficiar da padronização de equipamentos submarinos no Bloco 17, através de inovadoras estruturas de engenharia e contratuais. 

 

O mesmo representa uma significativa redução de custos e que beneficiam o portfólio de projectos de desenvolvimento de ciclo curto nos diferentes campos do referido Bloco.

 

Citado no documento, o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, disse que a decisão final de investimento do CLOV Fase 3 contribuirá, claramente, para que Angola mantenha os seus níveis de produção nacional, assim como para a optimização das instalações e dos recursos existentes.

 

"É, pois, mais uma concretização, fruto do trabalho intenso e continuado entre a Concessionária Nacional e os parceiros do sector”, afirmou. 

 

Paulino Jerónimo considerou importante o investimento da TotalEnergies e dos seus parceiros para o desenvolvimento dos recursos petrolíferos nacionais, olhando para o papel do sector petrolífero na economia do país. 

Segundo a fonte, este desenvolvimento vai maximizar a utilização da infra-estrutura CLOV existente, permitindo produzir petróleo com menos custos e com menos emissão de carbono para a atmosfera, em linha com a estratégia da TotalEnergies.

 

O responsável acrescentou que este projecto abre um novo ciclo no Bloco 17, em que a padronização de equipamentos submarinos para futuros desenvolvimentos trará uma redução de custos na ordem dos 20%, podendo gerar oportunidades para manter a produção noutros FPSOs. 

 

" A TotalEnergies demonstra, neste emblemático bloco, a sua liderança no offshore profundo e está a avaliar a replicação desta inovadora estratégia no seu portfólio de oportunidades de desenvolvimento, tanto em instalações existentes como em novas", avançou. 

 

São parceiros no Bloco 17 a TotalEnergies com uma participação de 38%, a Equinor (22.16%), Exxon Mobil (19%), BP Exploration Angola Ltd. (15.84%) e Sonangol P&P (5%).

 O Bloco 17 tem quatro FPSOs em operação – Girassol, Dália, Pazflor e o CLOV.


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