Mercado cambial é “estável e líquido”

30 Janeiro 2022 | Economia

Mercado cambial é “estável e líquido”

Os bancos comerciais adquiriram mil milhões de dólares no mercado cambial, em Dezembro de 2021, um aumento de 14 por cento face a Novembro, quando as aquisições totalizaram 885,68 milhões, de acordo com declarações do governador do Banco Nacional de Angola (BNA).
José de Lima Massano, que falava na sexta-feira, no termo da 103ª Sessão Ordinária do Comité de Política Monetária (CPM) considerou que o mercado permaneceu "estável e líquido”, anunciando que, no último mês do ano passado, o Kwanza manteve o seu curso de recuperação normal, apreciando-se 4,61 por cento em relação ao dólar, em relação ao qual acumulou uma apreciação anual de 18,24 por cento.

A base monetária em moeda nacional (o volume de dinheiro criado e as reservas bancárias em poder das entidades financeiras ou depositadas no banco central) expandiu em 2,99 por cento, em Dezembro, e, em termos cumulativos, registou uma contracção de 3,56 por cento.

Os agregados monetários M2 (o papel moeda em poder do público, depósitos à vista, bem como o total de depósitos remunerados de curto prazo e títulos públicos de alta liquidez) em moeda nacional, expandiram em 2,17 por cento,  em Dezembro último, e 0,86 pontos percentuais no ano de 2021.

O crédito à economia registou  ligeiro crescimento, no mês de Dezembro, de 1,1 por cento, e no exercício, ascendeu em 13,32 por cento, com o governador a realçar o crescimento de 358,19 por cento sobre a valor mínimo do crédito no ano passado  concedido ao abrigo do Aviso 10/2020.

José de Lima Massano indicou que, em 2021, foram aprovados financiamentos para 471 projectos de crédito, no valor de 634,32 mil milhões de kwanzas, em que as "indústrias alimentares” obtiveram 36,49 por cento do total, "agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados” 20,41 por cento e a  "indústria de bebidas”  16,71 por cento.

De acordo com a fonte, a importação de produtos alimentares da Cesta Básica registou uma "acentuada” queda homóloga de cerca de 44, 68 por cento, em 2021, explicada pelo comportamento nos preços verificados no mercado interno, apesar de os indicadores gerais do aumento da produção interna sugerirem já uma crescente oferta para a cobertura das  necessidades de consumo.


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