A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a TotalEnergies E&P Angola anunciaram, quinta-feira (02), o arranque da Fase 2 do projecto Cravo, Lírio, Orquídea e Violeta (CLOV), operado pela petrolífera francesa no Bloco 17, o que inclui a perfuração de sete poços, dos quais se espera uma produção de 40 mil barris de petróleo por dia (bpd).
O projecto, lançado em 2018, foi entregue dentro do prazo previsto e respeitou o orçamento estabelecido inicialmente, apesar das limitações ligadas à pandemia da Covid-19, estando localizado a cerca de 150 quilómetros da costa angolana, com recursos estimados em 55 milhões de barris de petróleo, de acordo com uma nota de imprensa em que a ANPG anunciou o início da produção .
O presidente do Conselho de Administração da ANGP em Exercício, Belarmino Chitangueleca, é citado no documento a afirmar que "o arranque da Fase 2 do CLOV chega no momento certo e com o objectivo certo, uma vez que Angola precisa de atenuar o declínio da sua produção petrolífera e de trabalhar para a aumentar num futuro próximo”.
O líder da concessionária nacional de hidrocarbonetos acrescenta que "projectos como este são igualmente importantes porque enfatizam o compromisso dos grupos empreiteiros com Angola, país que os acolhe e respeita desde sempre”, cujos interesses e investimento não se viram abalados "nem a crise provocada a nível mundial pela Covid-19”.
O presidente da TotalEnergies Exploração e Produção declara, citado no documento, que"o arranque do projecto CLOV Fase 2, alguns meses após o Zinia Fase 2, é prova dos esforços da TotalEnergies para assegurar uma produção sustentável no Bloco 17, estando de acordo com a nossa estratégia de concentrarmos os investimentos em projectos de baixo custo e que contribuam para baixar a intensidade média das emissões de GEE da nossa produção".
O mesmo responsável salientou que "o arranque da Fase 2 do CLOV ilustra também o bom desempenho das nossas equipas, apesar da crise sanitária provocada pela Covid-19”.
O Bloco 17 é operado pela TotalEnergies, com uma participação de 38 por cento, e tem como parceiros a Equinor (22,16 por cento), a ExxonMobil (19), a BP Exploration Angola Ltd (15,84) e a Sonangol P&P (5,0).
O grupo empreiteiro opera quatro unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência (FPSO) nas principais áreas de produção do bloco, nomeadamente o Girassol, o Dália, o Pazflor e o CLOV.
Em Maio, a ANPG e a TotalEnergies já tinham anunciado operações que, em meados de 2022, elevam a produção do Bloco 17 em 40 mil bpd, para 420 mil bpd, com o arranque do poço Zinia Fase 2, ligado à FPSO Pazflor.
Naquela altura, concessionária e operadora apresentaram o Zinia Fase 2 como parte de um projecto de perfuração de nove poços, estando localizado em águas profundas de 600 a 1200 metros e a cerca de 150 quilómetros da costa marítima angolana, com recursos estimados em 65 milhões de barris de petróleo.