Luanda - O ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, disse hoje que o retorno da FILDA indica a revitalização da economia nacional, apesar do impacto da crise financeira e económica de 2014, agudizada pela inesperada pandemia da Covid-19.
O governante, que falava durante o acto de abertura da 36ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), a se realizar na Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEE), de 30 de Novembro a 4 de Dezembro deste ano, fez saber que a feira regressa vibrante e com o vigor.
Segundo o ministro, nos últimos cinco anos têm-se intensificado as acções que visam a diversificação da economia angolana, no sentido de reduzir a dependência das importações de bens alimentares, embora a diversificação já tenha começado há mais tempo.
A título de exemplo, acrescenta, houve a redução da contribuição do sector petrolífero no PIB, considerando que em 2011 era de 43% e hoje a contribuição já é menos de 30%, transmitindo, assim, alguns sinais positivos da diversificação da economia.
“Hoje temos o agro-negócio representado aqui na FILDA com cerca de 70 empresas, todas nacionais, assim como os mais diversos serviços de apoio à actividade como a banca comercial, os seguros e as telecomunicações,
representando cerca de 50% do total das empresas expositoras”, disse.
Para si, é esta silenciosa revolução verde que o Executivo angolano pretende dar cada vez mais voz com uma atenção especial não só com políticas mais pragmáticas, facilitação no acesso aos meios produtivos e massificação de acções de capacitação do capital humano de todo o ecossistema, incluindo a banca, como também com a criação das mais diversas infra-estruturas que proporcionem o desenvolvimento do agro-négócio.
O que o Executivo quer, de acordo com o ministro, é ter uma nova classe de empresários ousados e que permitam garantir a segurança alimentar e praticar preços justos.
Ao presente evento, disse, associa-se a primeira Feira da Publicidade e Marketing, uma iniciativa do sector das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social que simboliza um importante marco para as empresas do sector.
O Executivo, na óptica do governante, pretende com este certame atrair investidores que tragam à nossa economia não só capital financeiro e tecnologia avançada, mas também, e sobretudo, know-how que nos permita diversificar e aumentar com rapidez e eficiência a nossa produção interna de bens e serviços, aumentando assim os níveis de emprego de qualidade e melhorando os rendimentos dos angolanos.
Esta Feira Internacional de Luanda, com cerca de 20 países estrangeiros representados e sete províncias nacionais, vem complementar aquilo que foi o esforço das províncias do país na realização de feiras para proporcionar negócios e dinamizar da cadeia logística do agro-negócio.
No presente ano, foram realizadas 73 feiras, contando com a participação de aproximadamente 2000 produtores nacionais e proporcionando um volume de facturação de aproximadamente Kz 1,3 mil milhões.
Estas feiras impulsionaram o sector “Horeca” (hotéis, restaurantes e cafés), dinamizaram a assinatura de contratos futuros, aceleraram o registo dos produtores nacionais no portal da produção nacional, viabilizaram negócios sustentáveis, garantiram acções de capacitação aos envolvidos e a banca comercial e sociedades de microcrédito não ficaram atrás