TotalEnergies distinguida operadora petrolífera do ano 2020
3 Novembro 2021 | Economia | Angop
Luanda - A multinacional petrolífera TotalEnergies recebeu, na noite de sexta-feira, em Luanda, o prémio de operadora do ano 2020, pela sua resiliência na produção de crude, com elevados níveis de produção.
De acordo com a organização, a PetroAngola, no período em análise, a firma francesa contribuiu com 45,57% na produção total do país, que no princípio esteve em em mais 1,2 milhões de barris dia, em 2020.
A distinção aconteceu durante um "Jantar de Gala" de desfecho da Conferência Internacional sobre Petróleo, Gás e Energias Renováveis, que juntou de 27 a 29 deste mês, 40 empresas de países dos distintos continentes.
Dentre os países participantes, destacam-se os Estados Unidos da América, Reino Unido, Brasil, Timor Leste, Moçambique, além de Angola, numa iniciativa da PetroAngola.
Presente em Angola desde 1953, a TotalEnergies operadora nos blocos 17, com 40% de participação; no 17/06, com 30%; no 16 com 65%; no 48 com 50%; e no 32, com 30%.
Participa ainda nos blocos 14, com 20%; 14K com 36,75% e no bloco Zero com 10%.
Foi responsável pela maior produção em um Bloco no ano de 2020 (bloco 17), com uma média diária de 334,265 BPD - Barril de Petróleo Dia, e também o 4º colocado, bloco 32 com uma produção média diária de 173,229 BPD.
Com o desejo de aumentar a sua participação na indústria petrolífera angolana, a empresa objectiva perfurar um poço no bloco 48 com a maior profundidade de lamina d´água no mundo, com cerca de 3 628 metros, suplantando o próprio recorde, quando perfurou no Uruguai, em 2016 numa lamina d´água de 3 400 metros.
A cerimónia atribuiu também o prémio de melhor exploradora do ano à italiana Eni, que em 2020 obteve resultados positivos no bloco 15/06 (36,84% de participação da Eni).
O destaque foi para o poço de avaliação bem sucedido da descoberta no campo de "Agogo", com volume estimado de 1 bilião de barris de óleo.
A mesma viu a sua licença de exploração do Bloco 15/06 renovada por mais três anos, uma medida que permitirá avaliar o possível potencial mineral adicional da área.
Em Outubro de 2020, foi ratificado o acordo de unitização das três Áreas de Desenvolvimento do Bloco 14 (onde a Eni detém 20%), por força do Decreto de Implementação Relacionado.
Em Setembro desee ano 2021, a ENI iniciou a produção da Cabaça Norte, através da FPSO Armada Olombendo.
O desenvolvimento da Cabaça Norte, com previsão de pico de produção na faixa de 15 KBPD, aumentará e sustentará o patamar da embarcação, uma FPSO de descarga zero, com capacidade global de 100 kbopd.
Tal feito surge na sequência do início de produção de Cuica, em Julho.
O prémio de Empresa do Conteúdo Local do Ano foi atribuído à Championx, com mais de 40 milhões de dólares investidos em infraestruturas nos últimos 15 anos.
Actualmente, o conteúdo local da ChampionX é de 44% em fabriação de produtos e 96% em mão-de-obra, da qual 100% desempenha funções de apoio em logística e administração.
Os gastos anuais totais com fornecedores locais aumentaram de 36% em 2010 para 61% em 2020.
A empresa criou, no corrente ano, uma posição de Gestor de Conteúdo Local, com o objectivo de manter uma avaliação contínua do Conteúdo Local da empresa, reportando métricas aos seus clientes e instituições nacionais, e procurar oportunidades para aumentar e desenvolver as capacidades de fornecimento local.
Com isso, pretende expandir o alcance do seu impacto na economia angolanal, conforme ficou vincado na cerimónia, onde a BP recebeu o prémio na categoria de Responsabilidade Social Corporativa.
Recorde-se que, em 2020, a BP apoiou iniciativas de investimentos sociais que reforçam as capacidades das pessoas e instituições em Angola, assim como ajudou 2.500 estudantes de engenharia, ciência e medicina.
Estes estudantes passaram a beneficiar diariamente práticas em laboratórios, experiência no campo e melhores normas de ensino, por via da petrolífera britânica, que atribuiu mais de 200 bolsas de mestrados em Petróleo e Gás, 50 de licenciatura em gás e gestão ambiental, entre outras iniciativas.
A Pumangol, com 79 postos de abastecimento de combustível em Angola, recebeu o prémio de melhor distribuidor de combustível do ano.
O primeiro posto da petrolífera foi aberto em 2010, em Luanda. Actualmente, fornece combustível nas 18 províncias de Angola, controlando cerca de 35% da quota de mercado.
Os postos de abastecimento da Pumangol recebem mais de 100.000 visitas diárias, para o abastecimento.
Além do cartão frota +, dotado de tecnologia avançada, a marca lançou recentemente o Cartão PRIS, um cartão de fidelidade através do qual os clientes ganham pontos que lhes darão vantagens exclusivas.
Durante a gala, a Soapro - empresa de consultoria prestadora de serviço - mereceu o galardão afim pela reconhecida experiência nas áreas de arquitectura, engenharia, urbanismo, ambiente, gestão e fiscalização de obras, energia, águas e avaliações imobiliárias.
A noite serviu ainda para se exaltar as figuras de Albina Assis e Hermenegildo Buila, ex-ministra dos Petróleos de Angola (1998-2002), e responsável da estratégia geral de atribuição de concessões da Agência de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, respectivamente.