Gociante Patissa
Sobre o Autor
Daniel GOCIANTE PATISSA (Monte Belo, Benguela 1978) é jornalista licenciado em linguística/Inglês, pela Universidade Katyavala Bwila. É membro da União dos Escritores Angolanos (UEA), sendo actualmente o editor-chefe da Gazeta Lavra & Oficina, revista bimestral de literatura, artes e letras. Prémio Provincial de Benguela de Cultura e Artes 2012, na categoria de Investigação em Ciências Sociais e Humanas, pelo contributo na divulgação da língua e cultura umbundu. Foi colaborador do Jornal Cultura, veículo angolano de artes e letras, da Edições Novembro. Despertou para a comunicação e literatura em 1996 colaborando num programa da TPA. Foi editor do Boletim A Voz do Olho, da AJS (Associação Juvenil para a Solidariedade), ONG angolana que fundou em 1999. No sector voluntário serviu como pesquisador de grupos focais, gestor de projectos de desenvolvimento comunitário, educação e saúde.
Parte do impacto do seu trabalho voluntário no incentivo e reforço habilidades de escrita criativa de novos autores de Benguela, Luanda e Kwanza Sul por meio da sua Oficina Literária virtual está traduzida na Colectânea Palavras São Tantas, de poemas e crónicas de jovens autores angolanos (Editora Perfil Criativo, Lisboa 2018). Participou em eventos literários internacionais e está representado em diversas antologias de poesia e conto. Skype: patissa20, Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn
Publicou:
CONSULADO DO VAZIO
(poesia) KAT. Benguela, Angola, 2008
A ÚLTIMA OUVINTE
(contos) UEA. Luanda, Angola, 2010
NÃO TEM PERNAS O TEMPO
(novela) UEA. Luanda, Angola, 2013
GUARDANAPO DE PAPEL
(poesia) NósSomos. Vila Nova de Cerveira, Portugal, 2014
FÁTUSSENGÓLA, O HOMEM DO RÁDIO QUE ESPALHAVA DÚVIDAS
(contos) GRECIMA. Bolsa e Concurso 11 Novos Autores, Programa Ler Angola, 2014
O APITO QUE NÃO SE OUVIU
(crónicas publicadas em oito anos de Blog do autor) UEA. Luanda, Angola, 2015
ALMAS DE PORCELANA
(poesia reunida) Editora Penalux. São Paulo, Brasil, 2016
O HOMEM QUE PLANTAVA AVES
(contos) Editora Penalux. São Paulo, Brasil, 2017
O HOMEM QUE PLANTAVA AVES
(contos). Editora Acácias. Luanda, Angola, 2018
PALAVRAS SÃO TANTAS
(Org.) Colectânea de poemas e crónicas de jovens autores angolanos. Perfil Criativo/Alende Edições, Lisboa, Portugal, 2019
CONTACTOS
Telefone: 923541423
Email: gociantepatissa@gmail.com
Facebook: Gociante Patissa
Instagram: gociante_patissa
Blogs: www.angodebates.blogspot.com / www.ombembwa.blogspot.com
Sobre ALMAS DE PORCELANA
Poesia reunida do autor. Almas de Porcelana", que reúne poesia do escritor angolano Gociante Patissa através dos livros Consulado do Vazio (KAT, Benguela 2008), Guardanapo de Papel (NosSomos; Vila Nova de Cerveira, Portugal 2014), alguns inéditos, bem como textos dispersos em Antologias e revistas publicadas em Portugal, Brasil e Moçambique. Para mais informações, queiram contactar directamente a loja virtual da editora Penalux
O poeta enxerga as angústias e a canta no ritmo de suas palavras. Gociante Patissa como poeta reinterpreta o mundo com uma “alma de porcelana”, cuja fragilidade não representa fraqueza, mas sim visão uma visão delicada sobre os acontecimentos. Gociante Patissa abre sua obra “Almas de porcelana” com o poema “Tríade da pedra do tempo e da obra”. Nestas linhas introdutórias o poeta já demonstra imensa capacidade em condensar suas impressões sobre o mundo através de uma visão sensível, “na madrugada, acelera-se a pulsação/ no movimento irreversível do tempo/ os fantasmas da responsabilidade cantam/ ecoam as lembranças/ é a despedida do repouso”.
Para narrar uma noite de lembranças angustiantes o poeta recorre a ajuda do tempo, cuja passagem, sincronizada ao ritmo das pulsações de vida do corpo humano, perdem-se nas linhas do passado. Com rimas e estruturas simples, o poeta escreve os seus pensamentos, demonstrando ao leitor, que não somente consegue articular suas ideias sustentando-os por cima de metáforas complexas, mas pelo contrário, diz que, a nudez das palavras, também podem transmitir questões de grande profundidade à alma humana, “quando partirem/ não os censurarei/ se me abandonassem/ não os condenaria/ nem que me viesse alguém atiçar, o faria... que não fui eu exemplo consistente de companhia”. Porcelanas são além de transparentes muito resilientes, como a própria força da sutilidade, desta maneira, a alma de porcelana é a alma do poeta que tira poesia das coisas mais cruas, construindo com esta capacidade a verdadeira fortaleza da porcelana.