BANCO ECONÓMICO - CLIENTES OPTAM POR CRÉDITO FORA DO PAC

15 Dezembro 2020 | Finança | Governo de Angola

BANCO ECONÓMICO - CLIENTES OPTAM POR CRÉDITO FORA DO PAC

O Banco Económico aprovou um financiamento de cinco milhões de kwanzas para micro, pequenas e médias empresas, enquanto analisa os projectos remetidos para financiamento ao abrigo do Programa de Apoio ao Crédito (PAC), cujo Memorando de Entendimento foi assinado no mês de Julho.

 

A linha de financiamento para as micro, pequenas e médias empresas já está em operacionalização, mas os clientes têm demonstrado preferência pelos financiamentos ao abrigo do Aviso n.º10/20, do Banco Nacional de Angola, segundo Maria Lino, directora de Banca de Investimentos do Banco Económico, porque as condições de acesso ao crédito são competitivas face à oferta a nível do sistema bancário nacional, uma vez que apresentam taxas bonificadas.

 

O referido aviso, sobre concessão de crédito ao sector real da economia, promove a diversificação da economia com o objectivo de reduzir a dependência excessiva da importação de bens e serviços e contribuir para a sustentabilidade das contas externas do país.

 

O mesmo aviso do banco central aplica-se à concessão de crédito pelos bancos comerciais para a produção de bens essenciais que apresentem défices de oferta, matéria-prima e de investimento necessário à sua produção, incluindo a aquisição de tecnologia, máquinas e equipamentos.

 

Planos de negócios desalinhados

 

Alguns planos de negócio remetidos ao banco, por empresas interessadas em financiamento no quadro do PAC, estão incompletos e não alinhados aos objectivos deste programa, a começar pela falta de conhecimento da actividade proposta.

 

A directora de Banca de Investimentos do Banco Económico disse que são inúmeros os aspectos ligados às fragilidades dos planos de negócios, como a contínua insistência nas importações, pedidos de financiamento superiores às necessidades do projecto, e recusa dos promotores em aceitar uma implementação faseada.

 

A realização de um projecto faseado é o mais aconselhável - adverte Maria Lino -, principalmente numa altura de grande desvalorização cambial, que exige sempre aporte adicional de fundos, tanto por parte do banco, como dos promotores. "Daí que tais projectos mereçam uma atenção mais cuidada da parte do banco, garantindo que os mesmos são revistos e ajustados para assegurar à qualidade exigida”.

 

O Banco Económico tem equipas dedicadas ao apoio dos clientes para ver, antecipadamente, a forma mais adequada de conceberem, consolidarem e apresentarem os seus projectos.


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