Paris (dos enviados especiais) - O Presidente da República, João Lourenço, é aguardado hoje (domingo), em Paris, para uma visita oficial a França, a convite de seu homólogo gaulês Emmanuel Macron, para o reforço da cooperação bilateral.
De acordo com o programa oficial, os dois países deverão assinar vários acordos de cooperação, com realce para os domínios da defesa, agricultura e formação de quadros.
Os dois estadistas têm igualmente em vista o reforço da parceria nesta nova fase de diplomacia, que se pretende dinâmica, conforme disse no princípio de Março, em Luanda, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian.
Le Drian anunciou, na altura após audiência com João Lourenço, que o seu país “conhece o enorme potencial de Angola” e sabe da “vontade de uma nova fase de desenvolvimento”, por isso Emmanuel Macron retribuirá a visita em 2019.
Em Março deste ano, reuniu-se com as autoridades angolanas com as quais analisou a cooperação económica, em particular no domínio da agricultura, energias renováveis, das águas, turismo e formação de quadros.
Nesta fase de cooperação, as duas nações desejam, segundo Jean-Yves Le Drian, promover um desenvolvimento seguro, bem como assegurar a autonomia do seu desenvolvimento e da sua diversificação económica.
Discutiu-se, na mesma ocasião, o regresso a Angola da Agência Francesa de Desenvolvimento, que teria já mobilizado 150 milhões de euros para projectos ligados à água, 100 milhões de euros para agricultura, para este ano.
Já Manuel Augusto, ministro angolano das Relações Exteriores, disse que o país está empenhado na diversificação da economia, sendo a agricultura a alavanca do processo, e considerou “excelente oportunidade” para os empresários dos dois lados explorarem e aprofundarem a cooperação.
As relações político-diplomáticas e de cooperação entre Angola e França tiveram início a 17 de Fevereiro de 1976, ano em que Paris reconheceu a Independência de Angola, culminando com a assinatura, a 26 de Julho de 1982, do Acordo Geral de Cooperação.