Campanha agrícola 2022/2023 em risco em Angola?

18 Outubro 2022 | Ambiente | RFI

Campanha agrícola 2022/2023 em risco em Angola?

A falta de fertilizantes está a condicionar o ano agrícola, segundo o governo angolano, visto que o país é dependente da importação de adubos.

 

A falta de adubos para assegurar o ano agrícola, aberto este mês, na província do Zaire, norte de Angola, pode comprometer a campanha, que prevê colher mais de 20 milhões de toneladas de produtos alimentares.

 

O Ministro reconhece a situação, mas aponta a insuficiência de inputs agrícolas, como sendo o entrave para o sucesso da campanha.

 

O ano agrícola 2022/2023 em Angola foi aberto no princípio deste mês na província do Zaire, mas pode estar em risco, por conta da escassez de adubos para milhares de hectares à disposição de várias organizações de camponeses.

 

Segundo o ministro da Agricultura e Pescas, Francisco de Assis, o problema tem sido recorrente, porque o país não produz fertilizantes e para minimizar a carência, Luanda recorre à importação do produto.

 

O governante justificou que os adubos, as sementes, bem como também os instrumentos de trabalho para auxílio dos camponeses “continuam muito caros” em Angola, devido à falta de produção interna dos insumos agrícolas.

 

Francisco de Assis lamentou, igualmente, o facto de os fertilizantes não estarem disponíveis em todas as províncias, porque os importadores de adubos estão todos concentrados na capital angolana.

 

Fertilizante é caro em Angola, sim é caro. É verdade. Você não produz fertilizante. Você importa. o Fertilizante não está disponível em todas as províncias do país, sim é verdade. Não pode estar. Os importadores de fertilizantes que existem no nosso país, vivem aqui em Luanda”, assinalou Francisco de Assis, ministro da Agricultura e Pescas.

 

O governo angolano diz controlar mais de 1 979 cooperativas, 797 das quais legalizadas que congregam 188 069 membros, assim como 7 402 Associações de camponeses, 355 delas legalizadas.

 

Mais pormenores com o nosso correspondente, Francisco Paulo.

 


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