Franceses formam angolanos em produção de sementes

21 Junho 2022 | Sociedade

Franceses formam angolanos em produção de sementes

Lubango – A plataforma de profissionais franceses de produção de sementes (SAMAE) vai trabalhar com o Ministério da Agricultura de Angola, na formação técnica de produtores angolanos.
 

O objectivo é melhorar e aumentar a produção de sementes, para que Angola seja um país auto-suficiente.
 

A acção formativa, segundo o responsável francês do grupo SAMAE, Christin Lascromps, deve iniciar em Outubro próximo, já que existe acordo com as autoridades angolanas desde em 2021.
 

Falando à imprensa, nesta cidade, no final da visita de dois dias efectuada à província da Huíla, onde constatou os níveis de produção de sementes na empresa Jardins da Yoba, fez saber que acção formativa será feita em França, para onde os técnicos terão de se deslocar.
 

O também especialista em produção afim, sublinhou que só com uma ampla produção de qualidade, o país poderá entrar na cadeia dos grandes produtores de alimentos.
 

Christin Lascromps disse que o acordo com Angola poderá ainda evoluir para outras vertentes, nomeadamente, do regulamento e legislação, no que toca a produção de sementes.
 

Referiu que a formação técnica aos agricultores “é imprescindível”, de modos que conheçam as metodologias a usar e por que razão a produção deve ser feita.
 

No que diz respeito a produção de sementes no país, considerou que esta realidade existe, mas é preciso melhorar os campos e a tiragem das suas amostras.
 

Já o director nacional do Serviço Nacional e Sementes (SENSE), Augusto Caetano da Silva, o referiu que o acordo assinado com os dois países, tem como foco a formação de quadros dos serviços nacionais de sementes, no domínio da inspecção e análise de sementes de produtores angolanos, no intuito de melhorar a prática e aumentar a produção.
 

Para ele, a disponibilidade de sementes de milho no ano de 2021-2022, de acordo com o levantamento estatístico, cifrava-se à volta de 65 mil toneladas, mas apenas duas mil têm a qualidade desejada, o que é preocupante.
 

Explicou que pressupõe-se que das 63 mil toneladas, os agricultores têm estado a reutilizar a semente, o que é desaconselhável, para quem quer produção em grande escala, daí a necessidade de aposta na produção do produto melhorado, que dão melhores resultados.


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