Programa de Financiamento Ampliado permite retoma do crescimento económico
O Programa de Financiamento Ampliado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) permitiu ao Executivo fazer importantes reformas que levarão à retoma do crescimento económico baseado no sector privado.
A garantia é do ministro de Estado para Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, que apresentou os resultados do Programa Alargado com o FMI, durante a Reunião do Conselho Económico e Social, realizada esta sexta-feira, 14 de Janeiro, sob orientação do Presidente da República, João Lourenço.
"Este processo de ajustamento macroeconómico do país foi difícil, complexo e implicou o sacrifício de vários agentes económicos da economia, tais como das famílias, das empresas e do próprio Estado”, realçou.
Segundo o ministro, com o Programa de Financiamento Ampliado foi possível a diminuição da tendência Inflacionária, a regularização do mercado cambial, a melhoria das contas externas do país, e a inversão da trajectória de défices fiscais sucessivos para superavits.
Outros ganhos com o Programa de Financiamento Ampliado estão ligados ao reforço dos instrumentos de gestão das finanças públicas, à implementação de uma gestão prudente e proactiva da dívida pública em linha com o objectivo da sustentabilidade da dívida, e a regularização de atrasados e aprovação de um regime de tratamento dos atrasados.
Para este ano, adiantou o ministro de Estado, prevê-se uma retoma mais dinâmica do crescimento económico do país, causada fundamentalmente pelo sector não petrolífero, o que é um sinal importante na direcção certa.
"O crescimento económico de Angola é crucial para que possam ser resolvidos os vários complexos problemas sociais do país, com particular realce para a criação de empregos, a melhoria dos rendimentos dos cidadãos e o aumento do seu bem-estar”, sublinhou.
Manuel Nunes Júnior disse também que o foco de toda a acção do Executivo deve ser no sentido de assegurar uma verdadeira diversificação da economia, com a aposta na continuação da melhoria das infra-estruturas do país, no desenvolvimento da agricultura, agroindústria, indústria transformadora, pescas, turismo e outros sectores.
A reunião do Conselho Económico e Social tratou ainda da estrutura metodológica deste Programa de Financiamento Ampliado e do futuro da relação com o FMI, da problemática da pobreza em Angola, das medidas para a reconversão da economia informal, sustentabilidade ambiental e para gestão dos resíduos sólidos.