LESTE DE ANGOLA VAI TER MEGA PROJECTO AGRO-INDUSTRIAL

5 Julho 2021 | Economia | Angop

LESTE DE ANGOLA VAI TER MEGA PROJECTO AGRO-INDUSTRIAL

Luanda - A Endiama E.P e a empresa RGS Group Holding vão investir, nos próximos cinco anos, mais de quatro mil milhões de dólares (Kz 2,5 biliões) num projecto agro-industrial na Lunda Norte, Lunda Sul e no Moxico, para alavancar a economia.

 

O projecto, apresentado esta quinta-feira, em Luanda, vai ser implementado no corredor leste de Angola, numa aérea de mais de 150 mil hectares, e, depois de concluido, vai gerar cerca de 60 mil postos de trabalho.

 

Intervindo no acto, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse  que a iniciativa enquadra-se no âmbito da responsabilidade social da Endiama E.P, e “figura-se como uma acção histórica que já deveria ter sido assumida há muitos anos”.

 

Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da Endiama, Manuel Ganga Junior, esclareceu que o projecto terá, na sua gênese, os produtos alimentares da cesta básica, fruteiras, palmares e árvores de valores económicos, que permitam, dentro de alguns anos,  colher frutas e a extração do óleo de palma.

 

Por sua vez, o governador da Lunda Norte, Ernesto Muangala, enalteceu os promotores do projecto agro-industrial, sublinhando a sua estrutura, realçando que depois da sua materialização, poderá garantir vários postos de emprego e uma melhor qualidade de vida das populações locais.

 

O dirigente realçou que, na sua província, o projecto será implementado numa aérea de 110 mil hectares, com escolas do ensino primário ao médio como suporte anexo à produção agrícola, hospitais, e paralelamente a construção e reabilitação das vias de comunicação, concretamente a asfaltagem do Nzage até a fronteira ao nordeste com a República Democrática do Congo (RDC), num troço de mais 80 kilômetros.

 

Já o governador da Lunda Sul, Daniel Felix Neto, disse que o projecto será implementado numa aérea de 50 mil hectares, e que a iniciativa vai gerar emprego e desenvolvimento.

 

Por outro lado, enalteceu este gesto das empresas Endiama e RGS Group Holding, que considerou histórico.  

 

O director geral da RGS Holding, Mohamed Aquil Riajahunssen, explicou que o projecto terá uma duração de cinco anos até a sua total implantação, e vai criar 260 mil postos de trabalho directos para as três províncias.

 

“Estamos a falar de 15 mil agricultores, onde só na parte agrícola estarão empregados 165 mil pessoas, o resto dos postos de trabalho estarão a cargo da parte industrial e dos serviços afins”, afirmou o empresário.


}