FÁBRICAS TÊXTEIS VÃO COMPRAR TODO ALGODÃO PRODUZIDO NO PAÍS

24 Agosto 2021 | Economia | Governo de Angola

FÁBRICAS TÊXTEIS VÃO COMPRAR TODO ALGODÃO PRODUZIDO NO PAÍS

As unidades fabris Textang II, em Luanda, África Têxtil, em Benguela, e a ex- Satec, no Cuanza Norte, vão passar a comprar todo o algodão produzido no país.

 

A garantia foi dada pelo Presidente da República, João Lourenço, no final da visita que efectuou no período da manhã de hoje, 23 de Agosto, às instalações industriais da Textang II, no município do Cazenga, em Luanda. 

 

"A informação que acabo de receber aqui, no início da visita, é que esta unidade já começou a mobilizar cerca de mil camponeses da província de Malanje, que começaram já com o processo de produção de algodão. Portanto, todos os produtores de algodão que o fizerem têm o seu produto garantidamente vendido. Quer esta unidade, quer as outras duas vão comprar todo algodão que for produzido no nosso país”, assegurou João Lourenço. 

 

O Presidente da República incentivou os camponeses, fazendeiros e as famílias, a se dedicarem à produção de algodão para que o país volte a ser um grande produtor desta matéria-prima.  

 

"Esta garantia, acredito ser suficiente para incentivar os camponeses, fazendeiros e as famílias a se dedicarem a este tipo de cultura, que não é estranha para Angola, uma vez que o país num passado relativamente recente já foi um grande produtor de algodão”, referiu. 

 

Para o Chefe de Estado, não era correcto alimentar indústrias desta dimensão a contar apenas com a importação. Daí a sua satisfação com as empresas que ganharam o concurso de concessão das três unidades fabris, por terem sido as primeiras a promover a produção nacional do algodão. 

 

João Lourenço conheceu a fundo o estado actual da fábrica que conta já com fornecimento de energia do circuito normal da ENDE, depois de ter iniciado o seu funcionamento com geradores. 

 

"Eu estive aqui há sensivelmente dois anos quando esta unidade estava ainda sem funcionar. O que dissemos na altura é que íamos fazer todos os esforços no sentido de colocar não apenas esta unidade do Cazenga, como também a de Benguela e do Dondo a funcionar, por razões óbvias, uma vez que, como sabemos, são investimentos públicos avultados que foram feitos nessas três unidades que lamentavelmente ficaram muito anos encerradas”, lembrou. 

 

Após a visita, João Lourenço disse que "o sentimento não podia ser outro, senão o de grande satisfação com os avanços constatados”.

 

"Hoje, volvidos dois anos ou pouco menos do que isso, é com satisfação que constatamos que quer a de Benguela, e começo por Benguela porque foi a que arrancou primeiro, quer esta, quer a do Dondo, estão todas a funcionar. Evidentemente que ainda não estão a funcionar em pleno. O seja, o volume de produção vai aumentando à medida que o tempo vai passando e com isso vai aumentando também o que nos satisfaz: o número de postos de trabalho”, disse o Presidente da República.

 

A Textang II tem uma carteira de investimentos na ordem de 55 milhões de dólares, desde a produção primária à industrial, dos quais oito milhões estão a ser aplicados na reabilitação das infraestruturas, mesmo estando já a operar a 95 por cento.


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