Sanlam reforça implantação com edifício de 26 milhões de dólares

30 Abril 2021 | Economia | Jornal de Angola

Sanlam reforça implantação com edifício de 26 milhões de dólares

A Sanlam Angola Seguros, antes conhecida como Saham, a designação com que operou entre 2016 e 2018, instalou-se, na primeira semana de Abril, num moderno edifício de oito andares que mandou construir em 2017 pelo valor de 26 milhões de dólares, em Talatona, Luanda, no que a companhia apresenta como resultado do crescimento e da confiança na economia do país.

 

A companhia adoptou a nova designação depois de o grupo sul-africano ter adquirido, em 2018, o marroquino Saham Finance (que em 2013 entrou para o capital do GA Angola Seguros, fundado em 2005), numa operação global cifrada em mil milhões de dólares, envolvendo posições em 22 países africanos, de acordo com informações do presidente executivo da Sanlam Angola Seguros.



Em declarações ao Jornal de Angola, Phillipe Alliali destacou a entrada do novo accionista pelos dois aumentos de capital que elevaram a solvência da operação angolana da Sanlam, pela mudança da estrutura do capital, que passou a integrar 30 por cento de accionistas locais, bem como a alteração do modelo de implantação, com a substituição da compartimentação dos serviços pela introdução de quatro unidades de negócio.Os números indicam que, do capital inicial de 200 milhões de kwanzas, a operação iniciada pela Sanlam elevou o capital para 1 312 e em cerca de 2,2 mil milhões em prémios de emissão, em 2018, para se situar em 1 511 milhões e 5 332 milhões, respectivamente, em 2019.



O capital próprio ascendeu de 7 440 milhões de kwanzas, em 2018, para 8 749 milhões, em 2020, de acordo com dados da Administração da Financeira da Sanlam Angola Seguros, em aumentos atribuídos pelo presidente executivo da companhia em Angola a medidas tomadas para fazer face aos efeitos da depreciação do Kwanza  (que perdeu 25 por cento do seu valor no ano passado e 75 por cento desde o início da reforma cambial de 2018), mas, também, à opção estratégica de operar com elevados padrões de cobertura de risco."É uma decisão comercial e de negócio” que, além do mais, é dada pela desvalorização do Kwanza e pela necessidade de "garantir a estabilidade financeira ao mercado de resseguro”, afirmou Phillipe Alliali para definir o ajustes de capital da companhia depois de 2018.Balanço positivo No ano passado, de acordo com os números do balanço da Sanlam Angola Seguros, o volume de prémios (ou as receitas) cresceu 24 por cento, para 30 784 milhões de kwanzas, acima dos 15 por cento de crescimento verificado em 2019, quando as receitas atingiram 24 888 milhões e dos 21 583 mi-lhões de 2018. No cômputo geral, entre 2018 e 2020 o volume de prémios cresceu 43 por cento. Em 2020, o resultado líquido (lucro) foi de 712 milhões de kwanzas, o resultado técnico situou-se em 1 038 milhões de kwanzas, o rácio de sinistralidade em 30,1 por cento e o rácio combinado (dedução do rácio de sinistralidade e das despesas dos prémios) em 94 por cento. 



Naquele período, contra prémios do ramo Automóvel situados em 3 517 milhões de kwanzas, registou-se um rácio de sinistralidade de 35 por cento, uma relação que é de 12 802 milhões e 54,5 por cento no ramo Saúde, de 13 035 milhões e 16 por cento no do Risco Corporativo e de 1 433 milhões e 20 por cento no Vida.  É nesse ambiente de crescimento que a Sanlam Angola Seguros se instala no novo edifício, no fim de um percurso iniciado pela GA, em 2005, em que 12 trabalhadores e gestores partilhavam um apartamento em Luanda, dando lugar ao arrendamento de um espaço numa torre do Belas Business Park, em Talatona, onde ocorreu a cedência do capital da Saham.A evolução ocorrida da Sanlam Angola, listada no ranking da Agência Nacional de Regulação e Supervisão de Seguros (Arseg) como a segunda maior de Angola e a primeira de capital privado, considera Phillipe Alliali, "demonstra que somos grandes, temos bons activos e estamos confiantes no futuro do país”.


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